Vi o mundo real pela primeira vez em 12 de abril de 1979, às 11:15am (GMT). Passei por diversos e diversos anos sem saber o que queria (na verdade até hoje não sei direito), até que em 21 de março de 1997, comecei a usar a Internet (na veia dos outros, óbvio) e conheci o mundo virtual. Já tinha usado na casa dos outros antes, mas foi só por alguns minutos (mais observando do que realmente usando) . Lembro até hoje quando um dos donos do provedor da cidade onde morava chegou até a minha casa para configurar meu micro para acessar a Internet (na época eu iria usar a conta de um amigo que já era assinante, e o provedor como era novo, tinha que fazer mais e mais pessoas viciarem na “grande teia”). Mudei para Campo Grande – MS em 5 de abril de 1997, iria fazer faculdade de Ciência da Computação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Descobri então que os acadêmicos tinham acesso ilimitado dentro da universidade (e melhor, de graça!!! uhú !!! sensacional !!!). Como não conhecia ninguém em Campo Grande, passava boa parte do meu tempo livre (algumas horas por dia, alguns dias por semana, algumas semanas por mês, alguns meses por ano) navegando na Internet (nunca fui de entrar em salas de bate-papo, muito menos no irc – isso sim é que é vício!). Dia 14 de abril de 1997, foi o dia D, foi quando eu comecei a usar a Internet de verdade, com meu próprio e-mail e tudo (que chique hein?). O e-mail foi uma febre na universidade em 1997, a cada dia que passava, alguém descobria um novo lugar que cedia e-mail gratuito pela web e a galera corria para ter mais um e-mail (era uma espécie de pontuação, quem tinha mais contas de e-mail, ganhava !!! Me lembro de ter criado uns 20 e poucos e-mails por aí … não usava nenhum, apenas tinha eles). Como qualquer doença na vida real, a febre do e-mail passou (pelo menos entre quem usava a Internet “de verdade”) e começou uma nova febre, a febre dos emuladores. A galera jogava direto, e os mais jogados eram os jogos do SNES. O laboratório virava uma muvuca: era dois carinhas num mesmo teclado, era um outro fazendo efeitos sonoros. Mas isto também passou… Começava o ano letivo de 1998. Este ano prometia muito, não teve greve no ano anterior, portanto o calendário estava em dia. O povo começou o ano calmo (a maioria da turma ou tinha reprovado ou estava carregando uma galera de DPs), até que no dia 17 de abril de 1998, uma assembléia entre o corpo docente da UFMS decide que a universidade iria entrar em greve (de novo). 22 de abril, eu tinha ficado em Campo Grande para ter certeza de que a greve realmente iria começar e … começou !!! Fui para o Paraná … o início da greve foi muito chato, até que comecei a atravessar noites e noites na Internet (na veia, como sempre … até fiz uma promessa de que não iria gastar um único centavo com nenhum provedor no século XX e, por muito pouco, não consegui cumprir minha promessa), fazia de tudo (entrei até mesmo no irc para passar o tempo, blearg !!!). Mas navegar não estava com nada (o log do meu icq, e o de mais duas pessoas, que o diga), um amigo meu fez um grande desafio (na época este desafio era imenso para mim): você não sabe criar uma conta de usuário num Linux !!! (e eu realmente não sabia, não tinha lido a página seguinte do “The Linux Manual” … o qual recomendo para quem quer começar a aprender Linux!). A conta foi criada (não me lembro a data exata, mas foi em maio de 1998, e o login era “pad”, poucas pessoas sabem o real significado deste login … menos pessoas ainda souberam a senha dele) num departamento ao qual não tinhamos acesso (hehehe), foi o começo do fim … quase um mês depois, meu acesso aos servidores da universidade foi bloqueado (por que será que demoraram tanto ???) e assim ficou por quase dois meses (mesmo depois que a greve acabou). Assim resolvi me “aquetar” um pouco (mas só em primeiro plano, pois em segundo plano ainda fazia umas cositas …). Segundo semestre letivo de 1998 (terceira semana de agosto em diante), os laboratórios viviam superlotados, estava rolando um campeonato de RedAlert pela rede, foi a época da paçoca, o segundo passo para o começo do fim (não para mim, pensei … eu não jogava RedAlert e não estava fazendo nada de errado !!! Meu currículo tinha um “add-on” que pouquíssimas pessoas conseguiram numa universidade). Triste engano. A BlackNet começa a ficar conhecida por toda a computação (as partições clandestinas nos HDs foram denunciadas (tchau Builder … tchau Internet … tchau música clássica)). Papai Noel manda um e-mail para toda a computação. Início de dezembro de 1998, o laboratório dos peixes é interditado por tempo indeterminado, demais laboratórios não ficariam mais abertos no horário de almoço. O acesso aos navegadores fica proibido nos horários de aula (o dia inteiro) para o terceiro e quarto anos e para os demais, fica proibido o tempo todo. Começa o recesso de fim de ano. Fiquei por três semanas sem usar a Internet (tinha que estudar Cálculo … acreditem, cheguei a levar o livro do Guidorizzi para a praia !!!), mas não adiantou nada (reprovei em Cálculo pela segunda vez). A volta das aulas foi em 25 de janeiro de 1999 (ainda ano letivo de 1998). Alguns dias depois, nova febre: Netbus. Algumas pessoas foram parar em alcatraz (era uma máquina desligada da rede, da Internet, de tudo, menos da tomada … só quem esteve lá soube o que realmente era … e graças a Deus eu não estava no meio… soube da “tortura” porque alguns amigos lá estiveram …). Fim de alcatraz. O tempo livre rendeu 70% das senhas de uma certa rede (boas senhas por sinal!). O mundo virtual dá um tempo, os maiores utilizadores ou jubilaram ou entraram para o ano do jubilamento. Mudaram a nossa sala de aula do beco para a Prefunda (ô lugarzinho isolado … nenhuma fibra óptica, nenhum modem, nada!). Sobrevivi ao fim do mundo (11 de agosto de 1999), ao caos dos GPS, ao dia 9/9/99, ao bug do ano 2000 (mais ou menos), à invasão das capivaras mutantes miméticas alienígenas extraterrestres vindas de outro planeta, mas rodei em Cálculo de novo !!!! Dessa vez fui excluído (achei que o correto era jubilado, mas descobri que isso só ocorre depois de 8 anos de curso, e eu ainda só tinha três, portanto fui excluído, mas ainda acredito que jubilado soa mais bonito …). Vestibular, êta coisa simples !!! Três anos sem ver absolutamente nada (e sem ter estudado nada de segundo grau), mas passei de novo !!! (tudo bem que foi na terceira chamada, ou chamada especial para a minha própria pessoa). Será que eu tenho o dom de passar em concursos ??? Acho que sim, alguns meses depois, passei no concurso da Caixa Econômica Federal (isso não vem ao caso no momento e à página … além disso, só me chamaram em abril de 2004, ou seja (eca, ou seja), quatro anos depois do concurso !!!). Agora a vida é nova (e o RGA também), ano novo, zip drive novo (obrigado Protec pela comissãozinha), tudo novo, mas as dependências … essas nunca mudam (tinha que ter algo para me desanimar de novo). O ano agora é o de 2000, o primeiro ano da Computação foi ter aulas no Shopping (Unidade VI … sala 60404). O ano foi tranquilo, surgiram teorias novas (aquelas de sempre … ainda mais agora que eu só estudava 3 matérias). O Esporte Clube Associação Atlética Grêmio Sociedade Esportiva Futebol Clube de Mato Grosso do Sul é fundado e participa da primeira Copa Peralta onde quebrou todos os recordes históricos do futebol de salão (o maior placar por exemplo foi de 30 a 0 !!!). O ano acaba e eu, como sempre, rodei em Cálculo (agora tenho o recorde oficial da Computação !!!). Não curti muito ser o autor deste recorde, resolvi me mudar para São Paulo (só para aliviar o stress) e trabalhar num provedor de Internet (eu tinha que trabalhar num local com um link descente … modem não vira mais). Voltei para Campo Grande para fazer a última segunda época da minha vida (foi uma promessa) … não acreditei muito mas passei em Discreta ! Mesmo assim resolvi ficar em São Paulo (tem umas mina da hora lá mano).
O trampo no provedor não deu muito certo (intrigas da oposição), então pedi as contas e fui para uma escola ser instrutor de Linux. Fiquei na escola até poucos dias antes de voltar para Campo Grande (achei que tinha que voltar para terminar a faculdade algum dia). Dia 30 de março de 2002 chego a Campo Grande (meio sem rumo, mas “num dá nada”). As aulas começaram dia 25 (notaram que eu já comecei matando a primeira semana de aula ???). Descobri que conseguirei cumprir a minha promessa: não existe mais segunda época (ainda bem, senão eu provavelmente iria quebrar a promessa). Bem, agora não conheço metade da computação, mas pelo menos sei que virei Lenda !!! Uma lenda viva que conseguiu a façanha de fazer Cálculo I cinco vezes, sendo que quatro delas foram muito bem feitas e na última, quando quase não assisti as aulas, passei (será que isso, matar aulas e passar, funciona com outras matérias também ???)
Gostaria de agradecer ao DCT (pela minha cota de 60 MB na rede, onde hospedei esta página por 9 anos), ao pessoal do POP-MS (por deixar eu voltar a trabalhar lá), ao Grupo Linux (por acreditar que eu mesmo que tenha sido excluído, e depois readmitido, ainda posso administrar alguma coisa útil), ao MST (por ter distribuído gratuitamente sementes de girassol, mesmo essas nunca terem me servido para nada), ao Sílvio Santos (por ter criado a música que inspirou “e o Jona lá lalalalá lalalalalala”), ao Joel (que foi louco o suficiente para me chamar para ser sócio numa empresa que até agora nem existe … pelo menos ainda não deu prejuízo algum … e por arrumar um trampo em Sampa pra mim … mas mesmo assim, gostaria de lembrar que ele me deve R$ 200 desde novembro de 2001 ! Paga eu !!!), ao Gleison e ao Paulo Vargas (que ajudaram a segurar as pontas do mandachuva até “alguém” desligar ele), ao Rafael (vulgo Dionello, que não está mais junto a nós (foi excluído) e que comprou um HD de 20,4Gb na páscoa de 2000 e pegou o troco somente no dia 09 de agosto de 2000), ao Marco Antônio (vulgo Coisinho, que também não está mais junto a nós da computação (vide Dionello) mas que está fazendo Análise de Sistemas, por ser o que mais se diverte com minhas piadas ridículas e sempre diz que eu não existo (acho que vou recomendar a ele minha psicóloga, ele deve estar louco … eu existo sim … ou eu sou uma alucinação coletiva de diversas pessoas ???)), à professora Maura (por sempre me dar carona para a universidade (será que é por isso que muita gente acha que eu tenho um Vectra e um Marea ???)), ao Roil (que leva o pessoal de carro pra jogar Quake III na MB vídeo (acho que vou cobrar pela publicidade)), ao Angelo (da MB video, por colocar o nome dele colorido no Quake III, assim fica mais fácil saber se não estou atirando no carinha errado), ao Erik (por cuidar do servidor onde esta página está hospedada e deixá-lo sempre e sempre rodando 100% (exceto quando este é rebootado), por colocar um webmail para o DCT e principalmente por colocar um link para esta página junto ao pessoal do segundo ano de computação), à Ferinter (por existir e devido a isso, todo ano levam o monitor do mandachuva para lá (só porque ele tem 21 polegadas ???)), à Luciana Montera (por nunca ter me mandado estudar cálculo, por apertar shift shift nas SUNs e depois achar graça da própria besteira e principalmente por ter corrigido o ALGODADE da página dela), à Silvana (por ir comigo ao cinema sempre que eu a chamo … mesmo isso tendo acontecido apenas uma vez … não importa … é a única mulher que foi comigo ao cinema 100% das vezes que eu chamei), ao Valdemar (por ter o melhor e mais caro pão de batata da UFMS, por ter mudado para o Shopping (com um ano de atraso, mas o que vale é a intenção) e por sempre e sempre falar de futebol e política nas horas mais inapropriadas), ao Gabriel (por ter colocado um link para a História Sem Fim na página dele), ao Sorriso (por ter me ensinado como entrar na MINHA página), ao Wallace (por ter me emprestado os CDs com o Matrix Reloaded, assim eu pude ver o filme antes mesmo da pré-estréia), ao Ivan (por ser “O Feio” e por dar carona quase todo dia para o almoço), ao Yuri, ao Rodrigo “Cabrito” e ao Gustavo “Batavo” (por terem mudado o número do telefone deles … agora quando minha namorada errar o meu telefone, ninguém que eu conheça irá atender e dizer que eu fui para Araçatuba!!!), à Maíra (por ter me dado carona depois da sexta astral e por ser a amiga que é (ela se acha muito chata, mas não é, é só saber tratar ela com “jeitinho” que ela fica legal)) e principalmente à Evelise “Winnie Cooper”, por fazer eu perceber que meus amigos sempre devem vir em primeiro lugar (mesmo que seja apenas na ordem que aparecem na seção de links deste site).
Alguns agradecimentos ao povo de São Paulo … ao Waloir (que achou ridícula a minha carteira da quarta série e me deu uma nova … de couro), à Cristiane (por ter demorado um tempão para descobrir que era eu quem falava com ela no ICQ, isso porque nossas mesas ficavam a menos que cinco metros uma da outra), ao pessoal da Domínio Tecnologia por ter me dado uma chance como instrutor e por ser um excelente ambiente de trabalho, ao João Alex, por ter me vendido o computador que usei por 4 anos e por nunca terminar de escrever as três últimas linhas do capítulo dele na História Sem Fim e principalmente ao Ricardo por ceder espaço na Amplus para hospedar esta página gratuitamente.
Agora vem os agradecimentos para o povo de Paranavaí: ao motorista do ônibus que me levou ao Salão do Automóvel 2002 (por ter dormido no volante consequentemente por subir com o ônibus num barranco), ao Fábio “Binhu” (por ter um email novo a cada semana e eu nunca saber para onde mandar mensagens e por ter saído da Fornet, agora não receberei mais nenhum e-mail de 4 MB no e-mail do uol), ao Ricardo Molina (por sempre chamar a galera pra comer pizza, mesmo quando a gente não quer de jeito nenhum), ao Caio (por ter dado um desconto especial no HD do Coisinho, e conseqüentemente aumentado minha comissão e por pagar uma rodada de Bohemia no Opera Rock na sexta passada (07/02/2003)), ao Miguel “boliviano” (por sempre perder para mim nas partidas de DukeNukem e principalmente por ter ganhado, melhor dizendo, massacrado o Molina no mesmo jogo), ao Anésio (por deixar eu fazer um “backup” em todos os jogos dele sempre que eu preciso), ao garçom da festa de 60 anos de casamento do tio da minha mãe (por ter enchido o meu copo de whisky sempre que este estava vazio), à Gisele (que sempre e sempre me agüenta enxendo o saco e sempre sempre ouve minhas teorias malucas e sempre e sempre diz que eu sou louco e estranho, mas mesmo assim é uma grande amiga … a melhor amiga que tenho … uma amiga tão legal que até me convidou pro baile de formatura dela), à mãe da Gisele (que sempre gosta de ouvir as mesmas teorias, mas nunca disse, pelo menos não na minha frente, que eu sou louco), à Melissa (que voltou a ser minha amiga e por ter me incentivado a requerer minha cidadania italiana), à Maria Betânia (por ter a família mais amiga que alguém pode ter), à minha avó (que sempre compra “bolacha” pra eu vir comendo no ônibus), ao Murilo (meu primo, que sempre acha convites antecipados para o Porão, mesmo que seja na hora), à Michele (que sempre sai comigo, mesmo quando eu insisto para que ela não venha junto), à Graziela (minha irmã, que faz o melhor arroz “papado” e o melhor virado “queimado” do mundo e por ter aprendido a me apresentar a toda e qualquer amiga bonita que ela tiver ou vier a ter, embora isso não tenha me ajudado muito) e, principalmente, aos meus pais (sem eles eu não estaria aqui e, por osmose, esta página não existiria também).
Ah sim, estou dedicando um parágrafo todo para a Camila, minha esposa. Não sei se ela consegue imaginar o tanto que eu gosto dela, mas eu queria dizer que minha vida mudou muito desde que a conheci e que hoje não consigo me imaginar sem ela ao meu lado. Camila, te amo :)
Obrigado a todos que se aventuraram lendo tudo isso até aqui … mas já pode parar … não tem mais nada daqui pra baixo (além da nota de copyright).
Obs: continuo dizendo e direi até o fim: “Sou Inocente !!! vocês não tem provas concretas de nada !!!”